4 dicas para fazer um planejamento tributário e reduzir os gastos com impostos
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Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), em 2017 cada brasileiro trabalhará 153 dias só para pagar tributos. Com certeza essa não é uma boa notícia, mas que tal começar a mudar essa situação dentro da sua própria empresa? Fazendo um planejamento tributário é possível reduzir os impostos pagos indevidamente, tudo de forma legal, sem problemas ou dores de cabeça no futuro.
Quer saber mais? Continue a leitura que te explicamos tudo o que você precisa fazer para começar o seu planejamento tributário.
O que é o planejamento tributário?
De uma maneira bem simples e objetiva, planejamento tributário é a forma legal de reduzir o pagamento dos impostos.
Toda empresa pode e deve procurar maneiras para desenvolver e fazer crescer seu negócio, procurando reduzir os custos e, principalmente os impostos. E é aí que entra o planejamento tributário, que, ao contrário do que muitos pensam, não se resume apenas a escolher o melhor regime de tributação para a empresa e sim viabilizar o negócio gerando maior rentabilidade como consequência.
O planejamento tributário decorre de um conjunto de normas legais e administrativas que, quando bem aplicadas, resultam na diminuição do pagamento de tributos. Envolve estratégias de curto e médio prazo, bem como vários setores da empresa.
Por que fazer um planejamento tributário?
Todos os empresários brasileiros sofrem com a alta carga de impostos que incidem sobre suas empresas, bem como com a complexidade das nossas leis tributárias. É comum que até mesmo em empresas enquadradas no Simples Nacional, um regime tributário diferenciado criado para facilitar a vida dos pequenos negócios, surjam a todo momento, dúvidas na hora de cumprir as obrigações fiscais.
Assim, diante desse quadro, torna-se essencial, principalmente em tempos de crise, a realização de um planejamento tributário. E quando feito de maneira correta por profissionais capacitados, pode evitar problemas com o fisco e ajudar a empresa a trabalhar com margens de lucros mais realistas, já que o cálculo do preço final de seus produtos será melhor calculado.
Porém, antes de qualquer coisa, é preciso conhecer todos os impostos, sejam eles federais, estaduais ou municipais, que recaem sobre a atividade da empresa. É necessário também, conhecer o volume dos negócios e a real situação econômica do empreendimento.
Dito isso, vejamos como deve ser realizado, passo a passo, o planejamento tributário da sua empresa.
Como fazer um planejamento tributário?
1 - Conheça a legislação tributária
Não é preciso ser um advogado tributarista, mas é imprescindível que o empresário tenha, ou se cerque de quem tenha, noções de Direito Tributário, Legislação, Contabilidade e Planejamento Tributário.
É preciso conhecer os principais tributos cobrados no nosso país:
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ICMS: é o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços. Incide sobre a circulação de produtos como eletrodomésticos e alimentos e serviços como os de comunicação e transporte. Os valores arrecadados são encaminhados para os Estados. Sua alíquota varia de acordo com o Estado no qual se localiza a empresa, e geralmente é de 7 a 25% sobre o preço da mercadoria.
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IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados. Este imposto é aplicado quando o produto sai da fábrica. As alíquotas utilizadas para o IPI vão variar conforme o produto, podendo o mesmo ser isento ou ter uma alíquota maior que 100%.
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PIS: significa Programa de Integração Social e Contribuição. Trata-se de uma contribuição tributária de caráter social, que tem com o objetivo de financiar pagamentos como seguro-desemprego, abonos e participação na receita dos órgãos e entidades. Sua alíquota varia de 0,65% e 1,65%.
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COFINS: significa Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. Tem como objetivo financiar a Seguridade Social, em áreas como a Previdência Social, Assistência Social e Saúde Pública. Sua alíquota varia de 3 a 7,6%, de acordo com o regime tributário e com tipo da mercadoria comercializada.
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IRPJ: é o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. Sua alíquota é de 15% sobre o lucro anual da empresa, podendo ter acréscimo caso ultrapasse os limites fixados em lei. É recolhido para a Receita Federal.
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CSLL: é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. É baseado na opção de tributação das empresas e também é recolhido pela Receita Federal. Sua alíquota é de 9% para as empresas que optam pelo lucro real ou presumido.
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ISSQN: é o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. É recolhido pelo município onde o serviço é prestado. Sua alíquota pode variar de 2 a 5%, dependendo do tipo de serviço e da cidade onde o serviço foi realizado.
Quando se conhece os impostos que serão cobrados, fica mais fácil elaborar estratégias com o objetivo de diminuir os valores pagos ao fisco, tudo sempre dentro da legalidade.
2 - Conheça a empresa
Não se pode realizar um planejamento tributário sem estudar antes a situação da empresa. É preciso saber quais as atividades desenvolvidas, conhecer seu sistema operacional, seu capital e seus setores financeiro e administrativo.
É preciso também ter uma previsão de quanto será seu faturamento anual e mensal. Quais as expectativas de lucro e de despesas operacionais. É através dessas informações que será possível pesquisar as vantagens e desvantagens de um determinado regime tributário.
Mesmo que o regime de tributação possa ser alterado todos os anos, não é comum que as empresas façam essa alteração, portanto, é interessante que se leve em consideração os planos da empresa a curto e médio prazo.
3 - Entenda como é a apuração dos regimes tributários
Existem quatro modelos tributários para as empresas, sendo eles:
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Microempreendedor Individual (MEI): faturamento anual de até R$ 60 mil.
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Simples Nacional: faturamento anual até R$ 3,6 milhões.
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Lucro presumido: faturamento anual até R$ 78 milhões.
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Lucro real: faturamento anual acima de R$ 78 milhões.
Acima listamos os limites de faturamento para cada regime de tributação porém, para análise da escolha da modalidade deverá ser levada em consideração a atividade econômica exercida pela empresa.
Deve o empresário, junto com seu contador, decidirem qual regime tributário é o mais indicado para a empresa. A escolha correta do regime tributário só trará vantagens para a empresa, por isso ela é de extrema importância para o sucesso do seu negócio.
4 - Busque ajuda de especialistas no tema
Como já mencionado, é de grande importância contar com a ajuda de especialistas estudiosos do tema quando for optar pelo regime tributário e também fazer o planejamento tributário da sua empresa.
Uma equipe de contadores experientes e qualificados fará toda a diferença nos resultados obtidos. Só eles podem saber, com certeza, qual o ramo de atividade paga menos impostos, se existem alíquotas reduzidas para determinados tributos, quais as leis devem ser aplicadas, prazos legais e uma série de outros detalhes fundamentais.
Agora você já sabe o que é e como deve ser feito um planejamento tributário compartilhe nas suas redes sociais e siga a nossa página no Facebook. Quer saber mais sobre este e outros assuntos? Acompanhe novas postagens pelo nosso blog!